domingo, 29 de novembro de 2015

Introdução à Sociologia


INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA

Sociologia. Se buscarmos uma definição num dicionário iremos encontrar algo como “sociologia é a ciência que estuda a sociedade” ou “ciência que estuda os fenômenos sociais”. Entretanto não é tão simples assim. Obviamente sociologia significa muito mais do que isso. E o objetivo deste texto é buscar uma definição desta ciência a partir da análise dos quatro “pais” da matéria: Augusto Comte, Émile Durkheim, Karl Marx e Max Weber.
Augusto Comte e o Positivismo
Como ciência, a sociologia surgiu com o pensador francês Augusto Comte (1798-1857). Comte nasceu em Montpellier em meio a Revolução Francesa, evento que obviamente influenciou os estudos do pensador. Comte iniciou sua pesquisa em meio ao nascimento de uma nova sociedade. Entre tantas transformações sociais nenhuma foi tão radical quanto a passagem da monarquia para a república. Não haviam mais reis, agora a burguesia passava a ditar as regras da sociedade e a controlar a política.
Outra mudança importante foi ocasionada pela industrialização. As fábricas mudavam o ritmo das cidades e o êxodo rural causava conflitos no meio urbano. Foi dentro desta realidade que a sociologia surgiu. E Augusto Comte buscava entender este novo mundo que o cercava.
O objetivo do pensador francês era criar um método científico capaz de estudar e compreender a sociedade como um todo. A análise sociológica de Comte partia daquilo que ele chamou de filosofia positiva ou positivismo. Para ele, o estudo da sociedade não poderia partir de explicações baseadas em superstições ou suposições, mas da aplicação do método científico. Para a filosofia positivista o conhecimento científico era o único conhecimento verdadeiro.
Assim, para Comte a sociologia deveria atingir o mesmo rigor científico da matemática ou da física. Para isso, o sociólogo utilizaria a observação, a experimentação, a comparação e a classificação dos métodos para alcançar a compreensão da sociedade. Para ele os fenômenos sociais obedeciam à leis específicas que poderiam ser aplicadas a qualquer situação social. Contudo, o papel do sociólogo era o de coletar e analisar os dados científicos, mas sem interagir ou propor mudanças na sociedade.
A sociologia em Émile Durkheim
Outro importante sociólogo do século XIX foi o também francês Émile Durkheim (1858-1917). De origem judaica, Durkheim vinha de uma tradicional família rabínica (seu bisavô, avô e pai haviam sido rabinos), mas suas teorizações sobre a sociedade mostram a grande secularização que seu pensamento sofreu. Principalmente após entrar em contato com a ideias positivistas.
Em seus estudos, Durkheim deu continuidade às pesquisas de Comte. Contudo, o pensador acrescentou que os indivíduos precisam sofrer coerção social para se submeterem às regras da sociedade.
Na opinião dele, a sociedade necessitava ser imposta. Para isso, as leis, a religião, a escola, a cultura e a tradição formavam a base elementar na constituição da vida social e deviam servir à organização da sociedade. A função destas instituições sociais era dar identidade a sociedade, estabelecendo as noções de certo e errado.
Para Durkheim os indivíduos não deviam participar das decisões sobre as regras sociais, aos indivíduos cabia apenas o papel de se submeterem a elas. Durkheim afirmou também que a divisão do trabalho não era uma exploração, mas um ato de solidariedade do empregador para com os empregados.
Karl Marx e a sociologia
Outro importante “pai” da sociologia, foi Karl Marx (1818-1883). Marx nasceu na Alemanha no período mais brutal e competitivo de sua industrialização. O filósofo alemão presenciou a exploração a que os trabalhadores urbanos vinham sofrendo. Assim, é claro, o pensamento marxista era um fruto desta época.
Apesar de realizar uma análise muito diferente da dos pensadores positivistas, Karl Marx concordou com Durkheim no que se refere a uma sociedade que é imposta aos indivíduos. Mas acrescentou que o Estado e a sociedade estavam a serviço dos interesses daqueles que estão no poder, no caso a burguesia (industrial e comercial).
Como é a burguesia que controla o Estado, e por consequência a sociedade, também é ela quem determina as regras sociais (as leis, a tradição, a cultura, o que deve ser celebrado, o que deve ser evitado, etc.). Para Marx quem tem o poder político e econômico exerce o controle sobre a sociedade como um todo. A partir desta interpretação, o pensador conclui que a burguesia controla a sociedade em seu próprio benefício.
Entretanto, Marx salientou que nem sempre foi a burguesia quem controlou a sociedade. Ao longo da história humana muitas etapas foram vencidas, pois a sociedade é fruto da evolução dos processos produtivos, isto é, quem detém ou deteve o controle da economia (e da riqueza) torna-se o controlador da sociedade.
Se para os positivistas a sociedade deveria ser analisada e interpretada, mas nunca questionada. Para Karl Marx a sociedade é uma evolução alcançada a partir da luta de classes. Isto é, o avanço social somente ocorre com a superação de um modelo desgastado de sociedade. Foi assim que no século XVIII a burguesia superou a nobreza. Agora, segundo ele, era a vez do proletariado (trabalhadores assalariados) superarem o modelo burguês de sociedade.
Max Weber: sociologia compreensiva
Outro autor clássico da sociologia foi o também alemão Max Weber (1864-1920). Weber contrariou as interpretações positivista e marxista sobre a sociedade. Para ele a sociedade era uma construção coletiva onde cada indivíduo optava em se submeter a suas regras.
Weber afirmou que os indivíduos não sofriam passivamente a ação das instituições sociais (religião, cultura, tradição, educação, etc.). Para ele, os indivíduos fazem escolhas e opções intencionais e constroem sua própria consciência a partir do momento em que estabelecem um sentido para o que fazem.
Para Weber, a obediência a determinadas regras ou normas precisavam ser aceitas por todos. A crença na ordem da sociedade parte da aceitação de todos de que ela é legítima. O domínio da sociedade condiciona os indivíduos a crerem na legitimidade da própria dominação e, por esse motivo, se submetem a ela.
O entendimento weberiano de sociedade passa ainda pela compreensão de dois importantes conceitos: relação social e ação social. Por relação social, Weber entende uma situação em que dois ou mais sujeitos estão empenhados numa conduta, onde cada um dos participantes leva em consideração o comportamento dos demais, orientando suas ações pelo sentido que está sendo compartilhado. Já a ação social, o autor afirma ser toda a conduta e ação humana intencional que leva em conta a ação dos outros também. Em outras palavras, a ação que um indivíduo adota deve levar em consideração a ação dos outros indivíduos.
A partir destes conceitos podemos afirmar que para Weber a construção de uma sociedade melhor começa a partir do momento em que os indivíduos agem em conformidade com o que é melhor para o coletivo. Não é por acaso que os estudos de Weber tenham ficado conhecidos como sociologia compreensiva, já que ela somente é possível quando cada indivíduo compreende o seu papel na sociedade e materializa as suas ações em benefício das ações de outros indivíduos.
Entretanto não há garantias de que todos os sujeitos estejam dispostos a se submeterem a essas regras. Para Weber o regulador destas ações é a ética. Daí os conceitos de ética da convicção e ética da responsabilidade.
A ética da convicção diz respeito a ação consciente tomada pelo indivíduo que age por convicção naquilo que é melhor para o coletivo, neste caso o “melhor para o coletivo” parte das regras ou preceitos socialmente estabelecidos (leis, cultura, religião, etc.). Já a ética da responsabilidade se refere a responsabilidade que todos os indivíduos possuem ao realizarem suas ações sociais. Pois para Weber todos devem ter a consciência de que sofrerão as consequências de suas ações, sejam elas corretas ou não.
Considerações finais
Quando surgiu a sociologia tinha por objetivo compreender uma sociedade que estava em ebulição. A Revolução Francesa e a industrialização das nações europeias transformaram radicalmente a sociedade daquele continente. Devido a isso, a análise de Comte, e depois de Durkheim, passavam pela tentativa de compreender essa nova sociedade e, obviamente, refletiam essa época.
Já com Marx e Weber percebemos que a sociologia deixou de apenas tentar compreender a sociedade, para passar a propor transformações nela. Para esses autores, a sociologia deveria ser um instrumento de busca por uma sociedade mais justa e igualitária. Mas se a proposta de Marx era de uma transformação radical em Weber essa transformação deveria ser alcançada pela participação de todos os envolvidos.


segunda-feira, 20 de julho de 2015

O Que é Ditadura


O QUE É DITADURA

Ditaduras são regimes de governo caracterizados por um grande controle do Estado sobre todas as áreas da sociedade. Para que funcionem, esses regimes utilizam de expedientes nem sempre justos para se garantir no poder, tais como censura, repressão policial, tortura, controle dos veículos de comunicação, partido único e autopropaganda.

Em geral as ditaduras são mantidas com apoio das elites econômicas em detrimento à grupos de oposição. Normalmente surgem em momentos de crise política ou econômica. Especialmente quando o status quo é ameaçado, isto é, quando uma mudança social de cunho transformador ameaça a ordem social estabelecida. Por isso, em geral, as ditaduras recebem o apoio de setores conservadores da sociedade. Curiosamente, em outros ambientes políticos e sociais, esses mesmos grupos apoiam a democracia. Fato que demonstra que regimes opressores servem apenas aos interesses de elites insatisfeitas, principalmente quando se sentem ameaçadas.

Existiram diversas formas de ditaduras no mundo. Mas se nos restringirmos apenas ao último século podemos citar como exemplos desde ditaduras de esquerda como a implantada por Stálin na União Soviética até regimes de extrema direita como o nazismo alemão das décadas de 1930 e 1940.

Contudo se o caso socialista soviético representou um movimento revolucionário de ruptura com a ordem política, social e econômica. O que faz com que a ditadura soviética fuja do padrão anteriormente defendido. Já o caso nazista representou o contrário, com o fortalecimento das elites econômicas da sociedade alemã da época e repressão aos movimentos revolucionários ou de cunho popular. O nazismo foi um movimento de fortalecimento das instituições políticas impedindo quaisquer mudanças na ordem social.

Já no Brasil, enfrentemos ditaduras em vários momentos de nossa história. Contudo, sem dúvida, a mais emblemática foi a ocorrida entre os anos de 1964 e 1985. Este regime foi implantado pelas Forças Armadas brasileiras com apoio de elites econômicas que estavam insatisfeitas com o governo de João Goulart. O governo ditatorial do período implantou um regime de extremo controle da sociedade. Fez uso de censura, tortura e repressão policial contra todo e qualquer grupo de oposição.

Deste regime ainda sofremos severas consequências até os dias de hoje. Como por exemplo: dívida externa, fortalecimento de grupos econômicos, enfraquecimento dos movimentos sociais e uma grave crise institucional do Estado. Outro grande problema que herdamos deste período foi uma ausência de consciência política por grande parte da população brasileira. Assim, como o descrédito da classe política, que aliás pouco faz para mudar esta imagem.



Hoje, uma ditadura ainda é possível no Brasil?

Apesar de alguns grupos minoritários ainda defenderem a implantação de uma ditadura no Brasil, acredito que já superamos esse modelo de governo há muito tempo. Não vejo a menor possibilidade de um retrocesso tão grande ocorrer hoje em nossa sociedade. Algo que reforça minha crença é o fato de que a mídia brasileira tem se posicionado abertamente contra um regime autoritário de governo.

Apesar da fragilidade da política brasileira, acredito que um modelo ditatorial é inviável no país hoje. O que acredito que precisamos é de amadurecimento político. Precisamos urgentemente identificarmos qual é o papel de cada um de nós em nossa sociedade e fazermos a nossa parte como cidadãos e não como crianças assustadas.

Esperar por uma intervenção autoritária é assumir que somos como crianças que precisam de alguém para nos impor limites e nos dizer o que fazer. É acreditar que não temos maturidade para escolher o que é melhor para nós mesmos.  

Não podemos desejar perder aquilo que os seres humanos lutaram por tanto tempo em vários países: Liberdade e igualdade. Pois não podemos esquecer que ditadura significa ausência de liberdade e desigualdade política e civil.

Por isso, clamo por uma população brasileira formada de adultos conscientes e livres e não formado por crianças assustadas!

Marcos Faber
www.historialivre.com

domingo, 15 de março de 2015

House of Cards e as Manifestações de 2015


House of Cards é uma série norte-americana do canal Netflix protagonizada pelo aclamado ator Kevin Spacey. House of Cards, que já está na terceira temporada, é a primeira série feita exclusivamente para a internet que alcança sucesso global. Para se ter uma ideia Barak Obama, Michel Temer (o atual vice-presidente brasileiro), Vladimir Putin e até o apresentador Silvio Santos já se pronunciaram publicamente como fãs do show.
A série narra a história fictícia da ascensão política do congressista Franck Underwood à presidência da República dos Estados Unidos. Mas até ai nenhuma grande inovação em matéria de cinema ou tv. O diferencial de House of Cards está na forma como a política norte-americana é revelada ao telespectador. Diferentemente do tradicional glamour hollywoodiano, a política norte-americana é desnudada de tal forma que fica difícil diferenciá-la daquilo que conhecemos no Brasil.
Ao longo da trama Frank Underwood (Kevin Spacey) se mostra um político maquiavélico que justifica todas as suas ações ardilosas e corruptas como uma forma aceitável de alcançar seus objetivos políticos. Assim, Underwood vai minando e derrubando um a um todos os que estão em seu caminho. Mesmo os que o auxiliam e apoiam são derrubados, caluniados ou até mortos para que ele alcance seus objetivos.
Toda a ira de Underwood iniciou após o presidente recém eleito não cumprir com sua promessa de empossar Underwood como o chefe de Estado. Indignado, o político maquinou um plano de vingança. Primeiro ardilosamente articulou uma campanha de difamação do novo chefe de Estado. Em seguida seu alvo foi o vice-presidente.
Ao mesmo tempo em que minava o governo recém eleito, Underwood foi formando acordos políticos para garantir sua nomeação à vice-presidência. Como o segundo homem mais importante da política americana, Underwood começou uma campanha de isolamento do presidente.
 Mas o clímax chegou com o final da segunda temporada quando Underwood assistiu o presidente eleito ceder a pressão e renunciar.  Mesmo não tendo recebido um voto sequer o Underwood tornou-se o presidente da nação mais poderosa do mundo. Nas palavras do próprio político “estou a um batimento cardíaco de distância da Presidência e não recebi um único voto em meu nome. A democracia é tão superestimada.”
Mas, mudando um pouco de assunto. O pós manifestações de junho de 2013 me causaram tristeza. Principalmente o que vi após as eleições do ano passado. Pouco mais de um ano após as manifestações, a maior parte dos deputados federais e senadores acusados de corrupção foram reeleitos para os seus cargos. Vários underwoods foram eleitos ou reeleitos. Mas é importante lembrar que de forma legítima o povo brasileiro reelegeu muitos daqueles que eram a causa dos protestos de 2013.
Infelizmente, tenho que confessar que não esperava nada muito diferente disso. As razões para minha desesperança estão no fato de que não vejo demonstrações de que o povo brasileiro tenha aprendido com a sua própria história. De forma assustadora ainda repetimos os mesmos erros do passado.
Contudo, agora, em meados de março (2015), o povo volta às ruas. E os motivos para isso não faltam. O crescimento da corrupção, o escândalo da Petrobras, a volta da inflação, a falta de investimentos em educação, transportes, segurança e saúde continuam. Nada mudou. Continua tudo como se as manifestações de junho de 2013 nunca tivessem acontecido.
Em 2013 participei de várias das manifestações que ocorreram. Algumas das quais postei textos em meu blog. Acredito que como cidadãos temos o direito legítimo de demonstrarmos publicamente nossa insatisfação com a política nacional. Temos o direito de manifestarmos a nossa contrariedade com os rumos que a classe política tem adotado para o Brasil. Principalmente quando vivemos num país onde a corrupção está institucionalizada como a nossa.
Contudo devemos refletir sobre o que estamos reivindicando e quais são mudanças que desejamos para o Brasil. Afirmo isso pois tenho lido e ouvido muita coisa estranha sobre o que se deseja para o futuro do país. Tanto de pessoas bem intencionadas como de outras descompromissadas com a nação. Alguns, muito numerosos por sinal, estão defendendo o impeachment da presidente Dilma. Outros defendem uma intervenção militar e o fechamento do Congresso Nacional.
Isso tudo é muito assustador. Não somente pelo efeito que essas medidas causariam. Mas pela falta de entendimento histórico e político daquilo que estão desejando. Tais protestos demonstram o quanto não sabem absolutamente nada sobre a história do Brasil.
Parecem não perceber que desejam que a ilegalidade seja instituída. Parecem não ter consciência do que estão desejando. Não compreendem o quão fora de seu tempo seria um Golpe de Estado.
Desconhecem que a última vez em que o Congresso Nacional foi fechado significou a deposição do legítimo presidente João Goulart. A partir daí, liberdades foram tolhidas, a Constituição foi rasgada e a política ficou monopolizada nas mãos de uma direita Civil-Militar que exterminou com os direitos individuais. A censura, a repressão e a tortura se tornaram práticas normais. Mas não foi somente no Brasil que isso aconteceu. Praticamente toda a América Latina experimentou sua repressão militar. No Chile o presidente eleito, Salvador Allende foi assassinado pelos ditadores. Como consequência milhares de chilenos foram torturados e mortos. 
Mas não foi só na América que isso aconteceu. Será que alguém já leu sobre a ascensão dos nazistas na Alemanha? Ou sobre os camisas pretas na Itália?
Todas essas histórias aconteceram em momentos de crise. Todos esses eventos ocorreram após a manipulação das massas. Leia um pouco sobre história e verá que não estou mentindo ou exagerando.
Por isso clamo ao povo brasileiro: Por favor, leiam um pouco de história e entendam um pouco sobre aquilo que estão desejando. Não acreditem em tudo que está por ai. Reflita por vocês mesmos.
Caso contrário estaremos sujeitos a maquinações como as de Frank Underwood em House of Cards. A ilegalidade traz consequências que devem ser muito bem ponderadas. Também não podemos esquecer que os políticos que estão em Brasília assumiram seus cargos de forma legítima, e mesmo os que se reelegeram, estão em seus cargos a menos de cem dias.
Se não desejamos políticos como os que temos, devemos então ser diferentes deles e não parecidos. Por isso temos obrigação de sabermos o porquê deles estarem lá nos representando. Se desejamos mudanças devemos começar por nós mesmos. E se desejamos que a Lei seja cumprida, não podemos esquecê-la em nome de um Golpe.
Como cidadãos de direito que somos temos a obrigação de manifestarmos nossa contrariedade contra toda essa corrupção que está aí. Mas sem esquecer que se desejamos justiça, devemos compreender que a justiça se faz quando garantimos o cumprimento da lei e não quando a rasgamos.

Marcos Faber
www.historialivre.com